|  | 
| Eliel segurando a Horta Pronta® nas mãos na Cozinha do Espaço 90 Anos da Nestlé - Campos do Jordão 2011. Detalhe: a nutricionista e culinarista Cinthya Maggi logo atrás escondidinha. | 
             Morada ecológica investiga a influência da  sustentabilidade na maneira de pensar a arquitetura do século 21 ao  redor do mundo.
Exposição, que tem abertura no dia 19 de abril (terça-feira), marca  parceria do MAM-SP com a Cité de l’Architecture & du Patrimoine, que  recebe em contrapartida a mostra Burle Marx 100 anos: a permanência  do instável.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura no dia 19 de abril, a  partir das 20h, com patrocínio da Duratex e da Elekeiroz, a exposição  Morada ecológica, itinerância da Cité de l’Architecture & du  Patrimoine, de Paris, com a curadoria de Dominique Gauzin-Muller. Na  abertura, a curadora participará de uma mesa-redonda com o arquiteto  Marcelo Aflalo na qual debatem os temas levantados pela exposição e pelo  livro Arquitetura Ecológica (Editora Senac São Paulo), de  autoria de Gauzin-Muller, que será lançado no evento, às 18h, no  Auditório Lina Bo Bardi, do MAM-SP.
Morada ecológica aborda as principais inovações da  arquitetura contemporânea ao redor do mundo e a forma como a  sustentabilidade vem influenciando a maneira de pensar as construções e  desenvolvimento urbano na atualidade. Com ela, o Museu de Arte Moderna  retoma sua linha curatorial de arte e arquitetura, explorada em mostras  como Quando vidas se tornam forma (2008), Flavio de  Carvalho (2010), Gordon Matta-Clark: desfazer o espaço  (2010) e Roberto Burle Marx 100 anos: a permanência do instável  (2009).
É a exposição sobre Burle Marx que sela a parceria entre o MAM e a  Cité de l’Architecture & du Patrimoine. A instituição paulista e o  Paço Imperial (RJ), que concebeu a mostra originalmente, com a curadoria  de Lauro Cavalcanti, produzem a versão que abre para os franceses a  partir do dia 22 de março, em Paris.
Morada ecológica traz mais de 50 projetos pioneiros de  arquitetos de várias partes do globo para refletir sobre como a  necessidade de preservação das já escassas reservas naturais vem  alterando a maneira de pensar a arquitetura e o desenvolvimento urbano  no século 21. No século 19, a Revolução Industrial transformou  radicalmente a forma de morar, com a criação das cidades, que no século  20 foram moldadas pelas interrogações sociais. Hoje, a permanência das  indagações econômicas e sociais se amplia na preocupação com a  manutenção do meio-ambiente.
“A palavra-chave da exposição que aqui é proposta por Dominique  Gauzin-Müller, curadora-geral, é a abordagem dita holística, uma  iniciativa global e multidisciplinar que amplia a reflexão dos atores e  dos campos conectados à arquitetura: sociologia, economia, filosofia… Os  projetos aqui apresentados ilustram essa iniciativa e são testemunha de  que, além de a tomada de consciência ser internacional, ela também já é  realidade na área”, define em seu texto para a mostra o presidente da  Cité de l’Architecture & du Patrimoine, François de Mazières.
Os projetos e arquitetos são divididos em quatro módulos temáticos,  exibidos com vídeos e diaporamas (slide-shows) veiculados em 24  monitores, textos explicativos e plantas em grandes painéis. No  primeiro, figuram os Precursores do pensamento ecológico na arquitetura,  como Frank Loyd Wright (EUA, 1868-1959) e sua casa-escritório-escola  Taliesin, no Wisconsin (EUA); Alvar Aalto (Finlândia, 1898-1976), Glenn  Murcutt (Austrália, 1936); Hassan Fathy (Egito, 1900-1989) e o  brasileiro José Zanine (Bahia, 1919-2001), pioneiro no pensamento de  utilização sustentável das matérias-primas da Floresta Amazônica, que  figura na mostra com o projeto da casa que realizou para a bailarina  Marcia Haydée, em Itaipava, na serra fluminense.
Nos três módulos seguintes, Panorama internacional das práticas  atuais, Contribuições sustentáveis à arquitetura francesa e Passando à  ação, são mostrados os nomes e projetos contemporâneos em evidência no  desenvolvimento de um novo conceito holístico de arquitetura  sustentável, que leva em consideração o papel do indivíduo na sociedade,  a preservação da natureza, os modos de produção e a criação de uma  estética condizente com os novos desafios propostos pela consciência  ambiental.
Nomes como Sarah Wiggleworth e Jeremy Till (Inglaterra), Walter  Uterrainer (Áustria) e Alejandro Aravena, da Elemental (Chile), entram  na exibição com projetos que aliam desde procedimentos tradicionais da  arquitetura regional de seus países a premissas dos precursores,  passando pelos recursos mais modernos, que possibilitam que uma casa  seja feita de palha, papelão corrugado ou de barro, ou que suas paredes  externas sejam de tecido impermeável, ou ainda que seus componentes  sejam todos pré-fabricados.
Levar em conta a utilização inteligente de energia, da iluminação e  da água naturais, a possibilidade de expansão dos projetos de acordo com  o gosto de seu morador e a formação de vizinhanças que atendam as  necessidades de regiões específicas, seja de comércio ou apenas  residencial, são alguns dos assuntos debatidos na exposição, por meio  dos projetos destacados e dos textos curatoriais e de especialistas. Com  isso o MAM não só explora os contornos da arquitetura na atualidade,  mas também alia as questões estéticas inerentes a essa disciplina às  dúvidas quanto ao futuro do homem num mundo em constante mudança.
:
: SOBRE O LIVRO
Arquitetura Ecológica
Para que seja assegurada a qualidade de vida das gerações futuras, o  conhecimento do desenvolvimento sustentável dos recursos do planeta  tornou-se indispensável. Sua aplicação à arquitetura, ao urbanismo e ao  ordenamento/gestão do território/espaço concerne a todos os que nele  interferem: sejam eles mestres de obras, engenheiros, gestores políticos  públicos ou privados, sociólogos, industriais, empreendedores,  ambientalistas, arquitetos, urbanistas, paisagistas. O sucesso dos  resultados depende da colaboração estreita entre todos esses partícipes  de maneira a valorizar as competências de cada um. Esses foram os  princípios que nortearam a pesquisa e elaboração do livro, da arquiteta e  jornalista francesa Dominique Gauzin-Muller. Trata-se de uma obra muito  bem fundamentada conceitualmente e ricamente ilustrada, não apenas com  fotos, mas com desenhos e plantas, que mostram exemplos, sobretudo  europeus, de projetos bem fundamentados do ponto de vista ambiental.
Arquitetura Ecológica
Editora: Senac São Paulo
Autora:  Domique Gauzin-Muller
Tradução: Celina Olga de Souza e Caroline  Fetrin de Freitas
Apresentação à edição brasileira: Marcelo Aflalo
Número  de Páginas: 304
:: SOBRE A CURADORA E AUTORA
Dominique Gauzin-Muller é arquiteta e jornalista, colaboradora em  diversas editoras e revistas especializadas européias, entre elas:  D'Architectures, Séquences Bois, Le Moniteur des travaux publics et du  bâtiment. Especialista em arquitetura em madeira e ecologia, ela  ministra conferências e cursos em vários países europeus e é autora de  três livros sobre esse tema.
:: ARQUITETOS NA MOSTRA
Wolfgang Ritsch (Áustria)
Precursores
Frank Loyd Wright (EUA)
Alvar  Aalto (Finlândia)
Sverre Fehn (Noruega)
Pierre Lajus (França)
José  Zanine (Brasil)
Glenn Murcutt (Austrália)
Paolo Soleri (EUA)
Hassan  Fathy (Egito)
Balkrishna Doshi (Índia)
Panorama internacional das práticas atuais
Arthur Freear – Rural Studio (EUA)
Alejandro Aravena – Elemental  (Chile)
Jan Albrechtsen, Ole Andersen, Jens Arnfred, Flemming Ibsen,  Steffen Kraagh, Søren Nielsen, Pernille Poulsen e Thomas Nyboe Rasmussen  – Tegnestuen Vandkunsten (Dinamarca)
Anna Heringer (Áustria)
Martin  Rauch (Áustria)
Wang Shu & Lu Wenyu – Amateur Architecture  Studio (China)
Sarah Wiggleworth e Jeremy Till (Inglaterra)
Olavi  Koponen (Finlândia)
Walter Unterrainer (Áustria)
Werner Sober –  Sober Partners (Alemanha)
Contribuições sustentáveis à arquitetura francesa
Jean-Pierre Watel
Edmond Lay
Roland Schweitzer
Françoise-Hélène  Jouda e Gilles Perraudin
Jean-Yves Barrier
Karine Olivier e  Frédéric Péchereau (Po Architecte) + Thomas Cantin (Fichtre)
Marjolijn  e Pierre Boudri
Christophe Ouhayoun e Nicolas Ziesel – KOZ
Cusy  Maraval
Pascal-Arsène Henry e Philippe Dandrel – Atelier Da.U
Dominique  Jakob e Brendan MacFarlane
Anne-Flore Guinée e Hervé Potin
Passando  à ação! (arquitetos franceses)
Florence Lipsky e Pascal Rollet –  Lipsky + Rollet
Philippe Madec
Dominique Vitti, Anne-Charlotte  Zanassi e Julien Zanassi – Philéas
Thibaud Babled, Armand Nouvet e  Marc Reynaud – Babled Nouvet Reynaud
Sabri Bendimérad e Pascal  Chombart de Lauwe – Tectône
2AD Arquitetura
Édouard François
Pierre-Yves  Lebouc, Max Rolland, Alain Vargas e Rapahël Verboud – Tectoniques
Bruno  Mader
Jean-Louis Pourreyron, Philippe Tixier e Jean-Jacques Erragne –  Atelier 4
Patrick Bouchain – Agence Construire
Inca Innovation  Création & Architecture
Michel Bertreux, Alain Boeffard, Claude  Jolly e Jean-Pierre Mace – Tétrarc
 








